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MSD Saúde Animal quer firmar liderança na indústria veterinária

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Time da unidade de Animais de Companhia da MSD: Kathia Soares (coordenadora técnica), Jayme Alexandre Dias de Lima (diretor), Diane Braggio (gerente de portfólio e marcas), ao lado do mascote Max | Foto: Panorama PetVet

A disputa pela liderança na indústria veterinária ganha novos contornos no país. Depois de alcançar a primeira posição em faturamento em 2022, a MSD Saúde Animal decidiu entrar de vez em um terreno ocupado pelas concorrentes Zoetis e Boehringer Ingelheim.

A aposta da fabricante norte-americana é investir em medicamentos com preço mais econômico. O primeiro lançamento do gênero foi apresentado na última semana ao Panorama PetVet. Trata-se do ectoparasiticida Defenza, definido pela MSD como o único no mercado com indicação em bula contra a pulga Tunga penetrans, causadora da zoonose bicho-de-pé.

Já disponível para clínicas veterinárias e pet shops por meio de venda direta ou apoio de distribuidoras regionais, o produto chega ao mercado com preço de R$ 93,50 a R$ 144,90, de acordo com a dosagem. Indicado para cães a partir de oito semanas de idade e com peso igual ou superior a 2 kg, foi concebido para uso mensal e proporciona uma proteção contínua por até 37 dias.

Até então, a MSD era reconhecida nessa categoria de antipulgas pelo Bravecto, mas com proteção por 12 semanas com um único comprimido. Porém, o preço é salgado, com custo na faixa de R$ 140,95 a R$ 322,90.

Na categoria dos antipulgas mensais, o valor do Nexgard, da Boehringer Ingelheim, gira em torno de R$ 75 a R$ 200. Já o preço do Simparic, da Zoetis, tem valores entre R$ 73,92 e R$ 265,90.

Indústria veterinária vê medicalização baixa como atalho para crescer

Em entrevista no ano passado ao Valor Econômico, o presidente da companhia no Brasil traçou perspectivas da indústria veterinária em território nacional. É o segundo mercado da divisão de saúde animal, atrás apenas dos Estados Unidos.

Para Delair Bolis, o país concentra o terceiro maior volume de número de animais de estimação no mundo, mas a taxa de medicalização ainda é baixa, o que representaria uma oportunidade aderente ao novo lançamento. “Queremos deixar mais acessíveis os cuidados com cachorros e gatos”, declarou.

Com faturamento em torno de R$ 2 bilhões no Brasil, a farmacêutica movimenta 18% da sua receita com o segmento de animais de companhia. Embora os indicadores sejam positivos, a empresa prevê uma desaceleração depois do boom provocado pela pandemia da Covid-19.

Produto terá campanha em rede nacional

A estratégia no Brasil será diferente da que a MSD promoveu no México, onde existe a versão mensal do Bravecto. A ideia é enfatizar o Defenza como a versão econômica.

A campanha publicitária em escala nacional, envolvendo mídias televisivas, redes sociais e o mascote Max, um vira-lata caramelo, reforça o propósito de democratizar o acesso à medicação. “Estamos apostando em uma abordagem engraçada e lúdica”, conta Diane Braggio, gerente de portfólio e marcas da unidade de negócios de animais de companhia da MSD.

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