Pet shops, clínicas veterinárias e laboratórios que comercializam linhas pet já podem contar com um plano de logística reversa. O estado do Paraná é pioneiro nessa iniciativa. A Brasil Health Service (BHS) foi a empresa escolhida para operacionalizar o plano de descarte de medicamentos veterinários, com base na Lei 20.607/2021 que instituiu o Plano Estadual de Resíduos Sólidos.
A legislação é amparada ainda pela Resolução Conjunta 22/2021, da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná (Sedest) e do Instituto Água e Terra (IAT), que definiu as diretrizes para a implementação, além de estabelecer o procedimento para incorporação da logística reversa no âmbito do licenciamento ambiental no Estado.
Para execução do projeto, a BHS ainda firmou parcerias com a indústria farmacêutica, por meio da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), e com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). “O plano de logística reversa prevê a instalação de pontos de coleta de medicamentos domiciliares, vencidos ou não utilizados, industrializados e manipulados; e de suas bulas e embalagens”, explica o CEO José Agostini Roxo.
O Sindan representa mais de 90 indústrias farmacêuticas de medicamentos veterinários. No Paraná são cerca de 30 associados que estão participando do projeto. “A sustentabilidade sempre esteve no topo das estratégias das indústrias, assim como é parte fundamental das práticas de ESG. Adotar um plano de recolhimento de resíduos sólidos de uso doméstico para saúde animal nos faz ganhar em maturidade, em confiança social e na relação com a comunidade, além de criar um novo estímulo para farmácias dispostas a investir nesse segmento”, afirma Fabio Feitosa, coordenador da Comissão de Sustentabilidade do Sindan.
Segundo o executivo, a primeira fase do plano de logística reversa será iniciada em junho na capital paranaense, na Grande Curitiba e em cidades maiores como Londrina e Maringá. “O Estado sempre foi pioneiro e muito atuante nas questões que envolvem sustentabilidade no Brasil. Portanto acredito que a população já é bastante engajada nesse tema”, ressalta Feitosa.
Projeto de descarte de medicamentos de uso animal
O plano de logística reversa inclui a instalação de um ponto de coleta para cada 50 mil habitantes a ser implementado em 2022 em cidades com mais de 100 mil moradores; 2023 para municípios entre 58 a 100 mil habitantes e 2024 para cidades com população entre 20 e 58 mil. “O objetivo é chegar até o fim deste ano com 123 pontos de coleta”, ressalta Roxo.
A BHS já está credenciando pet shops e clínicas veterinárias interessadas em se tornar pontos de coleta, a fim de divulgar os locais para os tutores de pets. Basta que o gestor ou proprietário cadastre o estabelecimento no site www.descartelegal.com.br.
Como vai funcionar?
Por meio de um plano de comunicação, o consumidor final terá acesso a informações sobre o assunto e locais para o descarte. O consumidor recolhe em casa os medicamentos de saúde animal e leva até o ponto de coleta no varejo. Já o PDV recebe um coletor, registra os resíduos, emite a documentação e entrega para o transporte e reciclagem das embalagens. A indústria é responsável pelo tratamento e o destino final dos resíduos de saúde animal, via incineração.
Fonte: Panorama PetVet