
Cuidar de um animal de estimação exige responsabilidade e reflexão. Não é surpreendente que, conforme os dados do Instituto Pet Brasil, a adoção de gatos no Brasil esteja crescendo mais rapidamente que a de cães. Entretanto, para evitar um aumento na taxa de abandono, a decisão de adotar um gato ou um cachorro não deve ser impulsiva.
“Os animais não são descartáveis. Não podemos pensar que, se a convivência não funcionar, podemos simplesmente doá-los ou abandoná-los na rua”, alerta a veterinária Kellen Oliveira, presidente da Comissão de Bem-Estar Animal do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).
O primeiro passo antes da adoção é a reflexão. É essencial que o futuro tutor avalie se terá tempo para se dedicar e criar laços com o animal, além de considerar se possui recursos financeiros para arcar com alimentação, itens de higiene, vacinas, check-ups e procedimentos como a castração.
Adotar um gato: dicas de como adaptar a casa para recebê-lo
Especialmente em apartamentos, é essencial instalar telas em todas as janelas e na varanda. A queda de lugares altos é um dos acidentes mais comuns envolvendo os felinos.
Pode ser necessário usar proteção também em casas, para evitar que o gato saia e volte constantemente. Ele corre o risco de se ferir em brigas com outros animaizinhos ou de contrair doenças.
O que comprar para receber seu pet
Caixa de transporte, caixa de areia, caminha, comedouro e bebedouro são itens essenciais.
O ideal é fornecer comedouros elevados para maior conforto. As tigelas de água devem ser espalhadas pela casa e, se possível, opte por fontes ou bebedouros elétricos, pois os gatinhos preferem água corrente.
É importante separar os ambientes conforme a função. A caixa de areia nunca deve ficar perto do local onde o gato dorme ou come, por exemplo.
Atualmente, arquitetos já planejam espaços específicos para bichanos, com prateleiras, nichos e arranhadores estrategicamente posicionados.
Cuidados caso tenha outro gato em casa
Para proteger o animal que já vive na casa, é fundamental verificar se o novo pet não possui doenças transmissíveis, como FIV (vírus da imunodeficiência felina) ou FeLV (vírus da leucemia felina).
Para aproximar os dois animais, o recém-chegado pode ser colocado em uma caixa de transporte ou separado por uma barreira física.
Dessa forma, eles podem fazer contato visual, se acostumar com o cheiro e reconhecer os sons um do outro gradualmente, até que seja seguro permitir o encontro físico e a convivência sem risco de agressões.