
O setor vem intensificando a pressão na Câmara dos Deputados para aprovar em 9% o percentual de reajuste salarial dos veterinários para este ano. Esses profissionais ficaram de fora da lista de servidores do Ministério da Educação (MEC) que terão direito ao reajuste.
O aumento foi definido em junho de 2024, como parte de um acordo entre o governo federal e sindicatos para encerrar uma greve. A decisão previa ainda um acréscimo adicional de 5% em 2026. No entanto, médicos e veterinários foram contemplados com índices inferiores – 4,5% em 2025 e mais 4,5% no próximo.
Com o atraso na aprovação do Orçamento deste ano, os reajustes começarão a ser pagos em maio, com valores retroativos ao início do ano. O impacto total das correções salariais no Executivo Federal é estimado em R$ 16,2 bilhões.
A Medida Provisória que define os percentuais foi editada pelo governo, mas deve ser analisada e votada pelo Congresso, abrindo espaço para alterações. Conforme informações da CNN, entidades representativas da categoria, como o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Técnica e Tecnológica (Sinasefe), alegam que houve um erro na redação da MP, que desconsiderou os profissionais como parte dos cargos técnico-administrativos em educação, o que, segundo o sindicato, justificaria um reajuste maior.
Conselhos profissionais de medicina e medicina veterinária também estão na disputa, reforçando a cobrança por tratamento isonômico. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) argumenta que o acordo salarial original não incluía expressamente médicos e veterinários em sua redação e/ou tabelas, mas que, mesmo assim, foi concedido a esses profissionais um reajuste, ainda que menor.
Além dos aumentos salariais, o texto da MP também prevê a reestruturação de carreiras, com transformação de cargos.