A verdadeira origem dos gatos birmaneses é incerta. Uma das lendas mais famosas associa o bichano à morte de um líder espiritual budista. Na antiga Birmânia, hoje Miannmar, um sacerdote teria sido morto durante uma investida de saqueadores ao templo. Após o ocorrido, um de seus gatos teria se aproximado do corpo do mestre e recebido os seus poderes.
Essa crença deu à raça o apelido de gato sagrado da Birmânia, pelo qual é popularmente conhecido. O que se sabe de fato, no entanto, é que um casal foi levado à França, em 1919. A raça então foi reconhecida pela primeira vez, em uma mostra. Muitos anos depois, em 1996, a Inglaterra também deu o aval à raça de gatos birmaneses. A partir daí o felino se espalhou pelo ocidente.
A elegância dos gatos birmaneses
A elegância é um atributo da raça dos gatos birmaneses. A pelagem é macia e acetinada, com fios de comprimento médio a longo. Os pelos têm o tom mais claro no corpo e mais escuros nas extremidades – focinho, orelhas e rabo. A pelagem exige escovação diária para evitar nós e bolas de pelo.
Mas o diferencial da raça são as patas brancas como se fossem botinhas naturais, independentemente da cor do bichano, que vão do preto e cinza, dourado a azul. Os belos olhos azuis também se destacam no look. O focinho mais arredondado é chamado de nariz romano. Eles têm entre 20cm e 30 cm de altura e peso variando de 4kg a 8kg.
Robustez e aversão a altura
Os gatos birmaneses são conhecidos pela personalidade amorosa e calorosa. Leais e afetuosos com a família, são também territorialistas, mas não agressivos. Além disso, contrariando o instinto da espécie por buscar locais elevados, os felinos da raça preferem ficar na altura do chão, onde as brincadeiras devem preferencialmente serem feitas.
Atividades físicas regulares e a dieta balanceada são importantes porque a robustez da raça a predispõe à obesidade. A orientação de um veterinário ajuda o tutor quanto à alimentação ideal para cada fase de vida do animal.
Os cuidados com a saúde estão associados a problemas genéticos, entre os quais a degeneração espongiforme. É uma condição que ataca o sistema nervoso central e causa fraqueza nos membros. A raça de gatos birmaneses também pode sofrer com a alteração do gene que afeta o nervo ótico, prejudicando a visão.