Identificar cada uma das fases do cio da cadela é sempre oportuno para o tutor que zela pelo bem-estar de seu pet. Lidar com a situação de forma apropriada contribui para deixar ambos tranquilos. As alterações das taxas hormonais influenciam no comportamento do animal, que passa a agir de maneira diferente à usual. Agregar um pouco de conhecimento quanto aos cuidados adequados nunca é demais.
As fases do cio da cadela
O cio ocorre duas vezes ao ano e indica que o animal está apto a procriar. A fase inicial é o proestro e as primeiras mudanças são o inchaço das mamas e da vulva e sangramento vaginal. A fêmea pode ainda lamber as partes íntimas mais do que de costume. Essas alterações indicam que ela está no cio, mas ainda não está fértil. O corriqueiro é que a fêmea fique ansiosa para sair e simule comportamentos sexuais com os colegas machos.
Na segunda fase, chamada estro, a cadela entrou no período fértil, de fato. Dura de sete a 17 dias e é a ocasião propícia para o acasalamento. As mudanças comportamentais são mais acentuadas. A afetividade vem à tona e ela se mostra disposta a cruzar e passear para, talvez, encontrar o ‘’par ideal’’. Ou ser apresentada a um ‘’pretendente’’ levado à casa pelo tutor. Pode ocorrer, ainda, dela ficar mais agressiva devido a algum incômodo.
O diestro, terceira fase, varia de 60 a 100 dias, a depender da ocorrência ou não da fertilização. É a etapa em que o tutor deve redobrar a atenção uma vez que, nesse intervalo de tempo, podem ocorrer, em sequência, a gravidez, o nascimento e a lactação. Há também a possibilidade da cadela ignorar o ‘’assédio’’ do parceiro e não cruzar, resultando, eventualmente, em descompensação emocional e compulsão alimentar.
A quarta e última fase, anestro, começa logo após o parto. Dura cerca de 120 dias. É o estágio da inatividade sexual, necessária para que a fêmea descanse e se recupere até o próximo período fértil. Quando não ocorre fertilização, essa fase talvez nem seja notada pelo tutor.
Atenção e paciência
Uma cadela no cio costuma ficar mais carente e solicitar atenção dos tutores além do normal. Nessa condição, ele deve entender o momento pela qua a pet passa e reunir paciência extra. Na fase do proestro, por exemplo, os machos são atraídos pelos feromônios presentes na urina da cadela. O ideal então é mantê-la dentro de casa. Embora desenvolvida sexualmente, ela ainda não está pronta para a reprodução.
O cruzamento nos primeiros períodos do cio é contraindicado por veterinários. Uma gestação precoce põe em risco a mãe e os filhotes. Os especialistas recomendam a castração se o tutor não pretende deixar que a cadela se reproduza. Ainda assim, o procedimento cirúrgico deve ser evitado no período do cio, quando o útero do animal está maior e mais vascularizado, aumentando a chance de hemorragia.
A castração é recomendada ainda porque afasta o risco de ocorrência de males, entre os quais câncer de mama, piometria e infecção uterina. Por isso, as visitas periódicas ao veterinário são determinantes para acompanhar o estado geral da cadela, não só no cio, mas também para a prevenção de doenças.
Fonte: Redação Panorama PetVet