O sétimo mês do ano representa o emblemático “Julho Dourado”, campanha de conscientização sobre a importância da vacinação para os animais de estimação. Este que é um dos cuidados mais necessários à vida dos pets, responsável por prevenir zoonoses e, consequentemente, salvando a saúde dos nossos amiguinhos todos os dias, já que muitas delas são graves, e até fatais.
Já que algumas das doenças comumente desenvolvidas pelos cães e gatos são transmitidas aos seres humanos, a vacinação se torna uma medida de saúde pública. Assim, não apenas as zoonoses nos pets são controladas, mas também a integridade dos tutores e amantes de animais. Na dúvida sobre quais são as vacinas existentes para cães, onde elas são encontradas, e o que elas podem proteger, fique com a matéria a seguir.
Primeiros passos da vacinação e a vacina polivalente
A vacinação dos pets é um pouco distinta da dos humanos. Isso porque eles contam com a vacina polivalente, que protege o animal de diversas doenças de uma vez só, enquanto nas pessoas, cada vacina é destinada à uma patologia. Quando são citadas as abreviações “V8” e “V10” em relação às doses para animais de estimação, significa que a vacina tem proteção para 8 e 10 doenças, respectivamente.
O calendário de vacinação do cão ou gato se inicia com a vacina polivalente para 10 doenças diferentes. São dadas três doses até que a imunização fique completa, sendo necessário ter total atenção às recomendações veterinárias durante o período, sem quebrar os intervalos entre uma dose e outra.
Em relação ao intervalo, o indicado é que o pet só tenha a primeira dose aplicada entre 6 e 8 semanas de vida, e a segunda após 2 a 4 semanas da injeção inicial. A terceira e última vacina deve ser dada quando o cachorrinho alcançar sua 16ª semana. Vale lembrar que, após isso, é necessário que a dose seja reforçada anualmente para seguir com a proteção adequada.
Doenças prevenidas pela vacinação inicial
- Cinomose
Infecção viral de alto contágio e pode ser fatal. Prejudica o sistema nervoso central e pode causar convulsões, paralisia e mais sequelas relacionadas ao setor.
- Hepatite infecciosa canina
Doença que pode levar o pet ao óbito, acomete o fígado e é transmitida através do contato com as fezes, urina, saliva e secreção nasal de animais infectados.
- Parvovirose canina
Alto potencial de transmissão através do contato com secreções e fezes de outros animais. Gera sintomas como diarreia e desidratação, e em filhotes pode ser fatal.
- Coronavirose
A gastroenterite contagiosa dos cães tem alta transmissibilidade e causa diarreia nos animais acometidos.
- Adenovirose
Doença viral, é causadora da hepatite infecciosa canina. Também causa problemas respiratórios como pneumonias e bronquite.
- Parainfluenza canina
Causa sintomas como doenças respiratórias graves, como as da adenovirose, além de culminar na traqueobronquite infecciosa canina.
- Leptospirose
Não apenas os humanos, mas os pets também podem pegar. Causa sintomas como diarreia, hemorragia, dificuldades para respirar e vômitos. A vacina polivalente imuniza o animal de 2 ou 4 tipos de leptospirose, respectivamente alinhados com a V8 ou a V10.
É imprescindível que o tutor saiba que a imunização esperada pelas vacinas só atinge o ideal após a aplicação da última dose. Por isso, enquanto o cão não tiver tudo à postos que o proteja das doenças acima citadas, não é indicado abusar nos passeios em locais desconhecidos e no contato com outros animais que podem ser não vacinados.
E a famosa vacina antirrábica?
Essa é uma das principais vacinas para pets. Ela é responsável por imunizar o animalzinho da raiva, uma das doenças mais comuns e perigosas nos cães e que podem ser passadas para humanos, não devendo ser colocada em segundo plano no calendário de vacinação do pet. Afinal, logo nos primeiros sintomas da raiva, os animais já passam a apresentar evolução na doença, em sinais como agressividade (principalmente), alucinações e espasmos, podendo levar a óbito.
A raiva já é considerada praticamente erradicada no Brasil, principalmente após tantas campanhas de conscientização contra a doença e sobre a importância da vacinação. Mesmo assim, é necessário continuar com total atenção para o problema, pois foi dessa forma que ela declinou, mantendo a contaminação como algo distinto. A vacina pode ser aplicada após 12 semanas de vida do animal. Não são necessárias mais doses inicialmente, mas deve sim ser reforçada todos os anos.
Quais outras vacinas posso dar para meu pet?
Existem mais vacinas extras que são recomendadas para manter a saúde dos pets em dia. Não apenas as doenças englobadas pela vacina polivalente e a raiva devem ser combatidas, mas também algumas outras bastante graves. São ela a gripe canina, a giárdia e a leishmaniose, por exemplo. Não são obrigatórias, porém, no caso de prevenção das doenças podem ser muito úteis.
As vacinas extras podem ser recomendas e devem ser todas aplicadas em casos de cães que visitam hotéis com frequência ou locais que o convívio com animais desconhecidos é constante. Em lugares onde há o risco alto de contaminação de leishmaniose, ou seja, apenas onde o pernilongo transmissor viver, a vacina da doença também deve ser indicada.
Calendário de vacinação geral para cães
Agora que já sabemos bastante sobre as principais vacinas, fique com o check-up de quando devem ser aplicadas e a tabela geralmente ideal para os pets:
- De 6 a 8 semanas: Primeira dose da vacina polivalente (V8 ou V10);
- 12 semanas em diante: Vacina antirrábica;
- 16 semanas em diante: Demais vacinas (gripe canina, giárdia e leishmaniose);
Na dúvida sobre onde vacinar seu pet e na procura pela melhor eficácia como resultado da aplicação, é necessário que o tutor sempre consulte o médico veterinário de confiança do animal.