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Cuidados para adotar com os pets no verão

pets no verão

Com a chegada da estação mais quente do ano, vem a necessidade de redobrar os cuidados para manter a saúde dos pets no verão. Segundo Marina Giacometti, médica veterinária e consultora de vendas da VetBR, algumas doenças se manifestam mais nessa época do ano, período marcado pelo calor excessivo e pela maior incidência de chuvas.

As glândulas sudoríparas, tanto nos cães quanto nos gatos, desempenham uma importante função na integridade da pele, porém não são importantes quando o intuito é o controle da temperatura corporal. “Para os nossos companheiros, essas glândulas, isoladamente, não conseguem suprir a responsabilidade pela produção do suor, que atua na termorregulação do organismo e na eliminação de produtos de que o corpo não necessita.  Por isso, a maior parte da troca de calor corporal do pet é feita pela respiração e em temperaturas mais altas, é possível notar que ele fica ofegante com mais facilidade. Além disso, o estresse térmico o deixa mais suscetível ao adoecimento”, analisa.

Entre as principais enfermidades do verão, destaque para a erliquiose, doença bacteriana causada pela gram-negativa erliquia canis, transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus, que provoca sinais clínicos graves e que pode levar o animal a óbito. Alguns dos sintomas são apatia, falta de apetite, febre, vômitos, diarreia, sangramentos, respiração ofegante e mucosas pálidas.

Outra doença importante é a dermatite. Ela é muito comum no verão porque os animais ficam mais expostos a umidade em excesso dos pelos, seja pela água das chuvas, falhas na secagem após os banhos, brincadeiras com mangueiras, nas piscinas, praias ou lagos. A pele mais úmida é propícia para a proliferação de bactérias e fungos que já existem na pele dos animais. Coceira, vermelhidão e descamação, seguidas de feridas mais graves, são os principais pontos de atenção para detectá-la. A secagem do pet é essencial, mesmo que o animal goste de ficar tomando banho de sol.

A desidratação também é bastante comum nesses períodos. Os principais indícios de que o animal está desidratado são: perda de elasticidade da pele, mucosas orais ressecadas, urina escura e com pequenos volumes, taquicardia, salivação espessa e respiração mais ofegante. O pet também pode apresentar perda de apetite, além de ficar prostrado, mostrando sinais de abatimento. A princípio pode não parecer nada sério para o tutor, porém se não tratada corretamente, a desidratação causa sérios danos à saúde dos animais, podendo até levar à morte.

O câncer de pele também é mais comum nesse período, devido à exposição dos animais à luz solar, sem os devidos cuidados. Animais que têm a pele mais clara e rosada sofrem mais com os raios solares e precisam de cuidados específicos. A detecção da doença é feita pela observação de nódulos, mudança na cor e alterações no aspecto da pele como quedas de pelos, vermelhidões, sangramentos, secreções e feridas que demoram mais para cicatrizar. Por isso, para proteger seu companheiro, é essencial que ele tenha sempre algum abrigo com sombras e que seja fresco, além de usar protetor solar, específico para pets, nas áreas mais expostas: focinho, orelhas, barriga e até mesmos nos coxins (almofadinhas das patas).

O calor também aumenta o risco para a doença leishmaniose visceral canina, conhecida como calazar, devido à maior incidência de insetos transmissores da doença. A transmissão ocorre principalmente pela picada do flebotomíneo, conhecido como mosquito-palha. O diagnóstico é realizado apenas com o médico veterinário através de exames de sangue, alguns dos sinais são: crescimento exagerado das unhas, descamação e/ou formação de úlceras na pele, perda de peso, palidez da mucosa, aumento de gânglios, entre outros.

Os principais cuidados que o tutor deve ter com os Pets no verão:

Fonte: Redação Panorama PetVet

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