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Agosto Verde Claro: mitos e verdades sobre a leishmaniose em cães

Agosto Verde Claro

O Agosto Verde Claro é o mês escolhido para voltar todos os olhares à leishmaniose. Além de ser uma doença que afeta os humanos, também é um problema para os cães, ou seja, é considerada como uma zoonose. Mesmo assim, continua muito negligenciada ao redor do mundo todo, explicando a importância da campanha mensal para sua consciência.

A transmissão da leishmaniose ocorre pela picada do mosquito-palha que transporte o protozoário Leishmania infantum chagasi. Como a transmissão pode ser mais comum do que se imagina e a infecção pode levar o cão e/ou o humano a óbito, o Agosto Verde Claro cai como uma luva nessa conscientização. O Panorama PetVet separou alguns mitos e verdades sobre o que se sabe da doença. Confira abaixo!

Agosto Verde Claro reforça verdades sobre a leishmaniose

Realmente, a leishmaniose ainda não tem nenhuma cura para cães. Porém, já são explorados alguns tratamentos com medicações que podem atuar na diminuição de parasitas no corpo do animal, o que facilita sua qualidade de vida. Essa forma de tratamento afasta os sintomas e ainda impede que o doguinho saia transmitindo a doença por aí caso receba a picada.

A vacina não restringe que o animal contraia a doença. Mesmo que o método seja bastante eficaz, ainda há a possibilidade de o pet adoecer. Para isso, é importante que a prevenção seja sempre presente em sua vida junto de outros métodos, como o uso de coleiras repelentes de mosquitos, a limpeza do ambiente e a manutenção do animal em casa durante as noites – momento em que o mosquito-palha mais age.

É um caminho difícil até chegar no diagnóstico concluído da leishmaniose visceral canina. Isso porque seus exames apresentam muitos falsos positivos e falsos negativos, requirindo novos testes para confirmar. Por uma boa razão, são muitas opções de exames para identificar a zoonose, incluindo testes rápidos, exames físicos e de sangue.

É imprescindível que o cão faça um teste sorológico que comprove que não está com a doença antes de se vacinar. A compatibilidade pode ser muito prejudicial ao animal, então é obrigatório que ele apresente resultados negativos para isso. Feita em três doses e disponível após os quatro meses de vida, a vacinação requer reforço ano a ano.

Mitos sobre a leishmaniose

A transmissão da doença ocorre em qualquer lugar, independente se for uma região endêmica ou não. Embora essas apresentem maiores riscos, não significa que apenas por estar em outra região o animal esteja seguro. Lugares onde o saneamento básico é precário são mais propícios à contaminação, não restringindo que ocorra apenas desses locais.

A leishmaniose nunca é transmitida do cachorro direto para o humano. Não é porque o tutor passou a mão, recebeu uma lambida ou foi arranhado que ele contrairá a doença. A transmissão é exclusividade da picada do mosquito-palha infectado, o verdadeiro responsável.

É mentira que os sintomas da doença não são notados. São muitos sinais, e, cedo ou tarde o cão irá apresenta-los. Os mais comuns são machucados e feridas pela pele que não se recuperam, embranquecimento e descamação da pele, crescimento das unhas, lesões, emagrecimento, queda de pelos, vasculite, atrofia muscular e alterações oculares. Diarreia, vômito, problemas para urinar, alterações gastrointestinais, neurológicas e renais podem ocorrer em maiores casos.

Pelo contrário. Embora por muito tempo os cães com leishmaniose tenham precisado da eutanásia para não continuarem propagando a doença e colocarem mais vidas caninas e humanas em risco, hoje não é mais assim. É possível tratar o animal para restringir que seja mais um transmissor da zoonose se tomar a picada.

É necessário sim evitar água parada, porém, não apenas isso. O mosquito-palha prefere lugares onda há matérias orgânicas em abundância, com muitas árvores e plantas, sendo necessário também a higienização de todo local onde o animal fica. Entretanto, não deixe de acabar com as águas paradas, já que isso pode favorecer outras doenças graves.

Muitas vacinas causam efeitos colaterais graves ou moderados, de acordo com a doença. E também é normal que cada animal tem uma recepção diferente à dose. Mesmo assim, não é muito comum que a vacinação resulte em efeitos colaterais, reações alérgicas ou sintomáticas. Caso ocorra, o cachorro deve ser analisado no médico veterinário.

Agora que você já sabe bastante sobre a leishmaniose canina, aproveite a campanha do Agosto Verde Claro para vacinar seu pet, manter as prevenções em dia e alertar a todos sobre esse grande problema. E não se esqueça, em casos de sintomas, procure sempre o médico veterinário mais próximo e de confiança.

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