Por que o cachorro vomita? Essa é uma pergunta simples, cuja resposta é muito complexa. Isso porque, assim como em nós humanos, o vômito pode ser o sintoma de problemas corriqueiros, como uma intoxicação alimentar ou sinal de alguma doença mais grave.
Nos pets, essa situação se torna ainda mais complicada em função das barreiras comunicacionais entre os humanos e os bichinhos. Apesar dos pesares, acalme-se, pois há alguns macetes para entender a gravidade do caso e como ajudar seu filho de quatro patas.
Por que o cachorro vomita? Depende do vômito
Antes de mais nada, é importante entender o tipo de vômito. Por isso, vamos começar conhecendo cada um deles. Um dos grandes pontos de atenção diz respeito à frequência. Isso porque, se os vômitos forem muito recorrentes, o caso pode ser grave. Adendo importante aqui, hein? Filhotes de um mês costumam vomitar mesmo, sendo algo natural.
Você não deve se preocupar caso seu doguinho esteja “vivendo uma vida normal”, brincando, comendo, bebendo, água, e acabar vomitando uma vez. Nesses casos, o interessante é apenas deixar a água a vontade, pois ele pode estar desidratado, e suspender por um tempo a ração, só por precaução mesmo.
Agora, seu bichinho pode estar doente caso ele vomite seguidamente todos os dias ou algumas vezes no dia. Outros sintomas, como apatia, desânimo, diarreia e febre também podem indicar um quadro mais grave. Nesses casos, a recomendação é levá-lo ao veterinário imediatamente.
Cor e aspecto do vômito também são relevantes
Outras coisas que ajudam a entender o motivo pelo qual o cachorro está vomitando são a cor do vômito, seu aspecto, presença de espuma, sangue ou fragmentos de ração. Tudo isso importa.
Não precisa se preocupar caso o vômito do seu cachorro esteja amarelado. Essa coloração é derivada da bile, líquido produzido no fígado. Alguns motivos possíveis são um longo período de jejum, alimentação com algo que ele não esteja acostumado ou até mesmo por ter comido muito rápido. Vale a pena ir ao veterinário caso seja muito frequente.
A bile também costuma ser a razão por trás do vômito de cor verde. O aspecto esverdeado se deve a uma maior presença do líquido na excreção. Condições digestivas incomuns ou então vários episódios seguidos de vômito podem causar essa maior concentração. Caso não haja melhora, vá ao veterinário.
O vômito com espuma branca é um dos mais intrigantes, uma vez que pode ser resultado de uma má digestão, ou até mesmo sinal da raiva. Caso note também mudanças de comportamento é fundamental consultar o vet.
Desde a primeira vez que acontecer de seu cachorrinho vomitar com sangue, você deve procurar assistência do médico veterinário. Vários são os problemas de saúde que podem ser indicados pelo sintoma, como hemorragias, obstruções intestinais ou úlceras. A cor do vômito pode ser avermelhada ou amarronzada.
Outro motivo de atenção sobre o vômito marrom é a coprofagia. O termo é usado para o hábito de comer as próprias fezes, o que pode se tornar comum para alguns cachorros. Eles costumam fazer isso por estarem ansiosos ou para chamar a atenção dos tutores. É importante consultar um profissional para determinar como ajudar o bichinho.
Só que nem todo vômito que puxe mais para a coloração marrom é motivo de desespero. Isso porque o tom pode ser resultado de vários pedacinhos de ração que não foram devidamente digeridos. Muitos cães comem rápido e, devido a ingestão de ar no processo, acabam passando mal e vomitando.
Problemas na digestão podem gerar também o vômito granulado. Esse aspecto se deve à digestão parcial do alimento. Inflamações ou infecções no sistema digestivo podem ser a causa do quadro.
Um estômago irritado pode provocar o vômito de água e outros líquidos. Gastrites ou quadros mais sérios podem ser os motivos, então é importante consultar um veterinário. Caso seja uma única vez, não deve ser motivo de grande preocupação.
E o que eu devo fazer?
Em primeiro lugar, é importante salientar que ministrar qualquer medicamento para seu bichinho por conta própria não é indicado. Basicamente, nessas situações, o que cabe ao tutor é apenas oferecer bastante água e ficar atento a outros sintomas diferentes. No mais, até mesmo mudanças de dieta serão mais assertivas se indicadas pelo veterinário.