Sabia que dia 31 de julho é o Dia do Vira-lata? Os cães sem raça definida (SRD) estão no DNA do brasileiro, sendo um dos mais populares daqui. Além disso, poucos outros são simpáticos como eles. Com certeza, dificilmente você já viu um vira-lata de rua que atacou alguém sem motivo. E esse é um dos motivos que o torna um dos cachorros mais queridos do país, merecendo até um dia para ser lembrado.
A data comemorativa não serve apenas para isso. O objetivo é, na verdade, conscientizar os brasileiros sobre os cuidados com esses bichinhos. E ainda há muita desinformação em relação ao comportamento e à saúde do vira-lata. Pensando nisso e como forma de celebrar o Dia do Vira-lata, vamos entender melhor todas as suposições sobre esses cães. Acompanhe.
Afirmações sobre o vira-lata. É verdade ou mentira?
- Vira-lata vive mais tempo
Muitas pessoas imaginam que o cachorro sem raça definida vive mais do que os de raça. Isso porque eles moram nas ruas e enfrentam muitas adversidades, se figurando como se fossem mais fortes e resistentes. Porém, mesmo que aconteça em alguns casos, isso não é verdade, já que não existe nada que comprove essa longevidade maior.
Geralmente, o vira-lata vive até cerca de 16 anos. Realmente, é uma estimativa alta, mas não é por ser SRD que isso acontece. O tempo que o cão viverá não depende apenas da predisposição, mas principalmente da forma como é cuidado durante a vida. Até por isso, um vira-lata de rua vive bem menos do que um adotado, por exemplo.
- O cachorro Sem Raça Definida não precisa ser tosado adequadamente
Essa afirmação é verdadeira. Alguns cães de raça precisam de determinadas tosas para manter a pelagem o mais saudável possível. No caso desses cães, eles não precisam que seu pelo seja tosado de maneira curta ou longa, apenas de bons cuidados com ele.
Se o vira-lata tiver o pelo longo, é normal que ele demande mais cuidados e escovação com a pelagem. Também devem tomar banhos, serem secados adequadamente e penteados para ter o pelo saudável.
- Vacinas são obrigatórias
Imprescindivelmente, sim! Assim como qualquer outro cão, o vira-lata precisa se vacinar da maneira correta e regularmente. Todas as vacinas indicadas devem estar no repertório do SRD, mesmo que tenha sido adotado da rua e o tutor acredite não precisar.
As duas vacinas obrigatórias são a múltipla (V8 e V10) e a antirrábica. Algumas outras, por exemplo as para giardíase, leishmaniose e gripe são opcionais, mas são ótimas opções para a saúde do cachorro.
- Vira-lata nunca fica doente
Essa afirmação é uma completa mentira. Como vivem nas ruas, é normal que as pessoas acreditem que o vira-lata é resistente a tudo e não fica doente por nada, mas isso é um mito. O que acontece sim, é que esses cães são mais acostumados com a alimentação inadequada, com a socialização e contato com outros, mas não tira o fato de que também podem contrair algo e adoecerem.
Enquanto na vida em família, o cão sem raça definida deve receber todos os cuidados similares a um cão de raça comum. Desde a alimentação até os vermífugos devem estar em dia e de maneira adequada. Podem, sim, desenvolver doenças relacionadas à velhice, contrair outras patologias no dia a dia em casa ou na rua, e por isso se deve ter atenção.
- Filhote de vira-lata gasta menos
Durante a fase filhote, é normal que os tutores acreditem que o vira-lata não precisa de tantos cuidados, e assim geram menos custos à família. Isso é mentira. Eles precisam das já faladas vacinas – sejam elas obrigatórias ou não, check-ups regulares, consultas no veterinário e muito mais.
A alimentação também deve ser a de maior qualidade possível, já que mesmo que alguns vira-latas sejam acostumados a “virar latas” para comer, sabemos que não é o mais indicado. Busque por uma ração de qualidade e indique positividade à sua saúde.
- Não adquirem doenças genéticas
De acordo com o cruzamento das raças que chegaram ao seu vira-lata, isso pode ser tanto verdade quanto mentira. Isso porque existem raças mais predispostas a alguma doença, e raças com menos chance de adquiri-las. Problemas de saúde tradicionais como pulgas, vermes, infecções e carrapatos irão depender dos cuidados no dia a dia.
Acontece que os cães sem raça definida podem ser fruto de raças completamente distintas. Até por conta disso alguns são caramelos, e outros pretos, como o da foto da matéria. E não é diferente com a adesão a doenças genéticas. É coerente ao que seu antepassado carregava.