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Gato rebaixado: apelido que não se encaixa ao tamanho da fofura

gato rebaixado

O apelido gato rebaixado não é lá muito simpático, mas é justamente seu tamanho inusitado que desperta a paixão de tutores pelo gato da raça Munchkin. As patas curtas que chegam a, no máximo, 20 cm de altura, são o foco da atenção. O corpo alongado é outra característica, que lhe valeu também a alcunha de salsicha, pela semelhança física com o equivalente canino da raça dachshund.

O gato rebaixado surgiu no início dos anos 80, nos Estados Unidos, e seria resultado do cruzamento de Blackberry, uma gata vira-lata, portadora de uma anomalia genética chamada acondroplasia, com outro gato de rua. A dúvida, à época, era se a deformidade física teria sido resultado de uma mutação genética natural ou de interferência humana. Após muita polêmica e investigação, descobriu-se que Blackberry possuía um gene dominante responsável pelo tamanho de suas patas.

O talento do gato rebaixado para superar obstáculos

Daí surgiu o munchkin, ou gato rebaixado, oficialmente reconhecido em 1994 pela Associação Internacional de Gatos (TICA)  como uma raça de gatos domésticos pura e legítima. Devido à natureza incomum das patas, a coluna vertebral é especialmente longa. Ao mesmo tempo em que confere ao gato rebaixado uma fofura irresistível, essa característica o torna  mais propenso a sofrer problemas ortopédicos.

Isso decorre do fato dele não conseguir sustentar a coluna que se curva para dentro. A consequência é o aparecimento de males como lordose e outras lesões, entre as quais artroses, artrites e hérnias de disco. São condições que causam dor extrema e podem deixá-lo incapacitado.

Apesar de tudo, o gato rebaixado é impressionantemente esportivo e ativo. Como felino doméstico, ele adora saltar, subir e descer de móveis. São atividades que representam um desafio, mas ele não se intimida e logo encontra um jeito de superar essas barreiras. O recomendável é que os tutores adaptem o ambiente com escadas, nichos e prateleiras para gatos. Esses equipamentos são especialmente projetados para as brincadeiras felinas e facilitam a subida e descida, evitam saltos mais longos, ajudando a preservar a espinha do pet.

Anatomia impõe limites

A anatomia do gato rebaixado também limita sua flexibilidade muscular. A dificuldade para se curvar impede que ele faça a limpeza dos pelos que encobrem seu corpo alongado. Mas trata-se apenas de um detalhe sem importância, pois não torna sua criação mais difícil para os tutores. Sendo um gato de pequeno a médio porte, seu peso pode chegar a 5 kg e ele pode viver até 15 anos. Para manter a pelagem felpuda e sedosa, basta escová-la duas vezes por semana e as unhas devem ser aparadas quinzenalmente.

Sociável e brincalhão, o gato munchkin convive bem com crianças e outros gatos. A interação com colegas de outras raças, porém, deve ser acompanhada pelo tutor, pois o gato rebaixado pode ficar em desvantagem física em caso de briga. Ele pode ficar sujeito a arranhões e ferimentos mais graves. Os demais cuidados se referem à alimentação, que deve ser balanceada e em quantidade moderada. O corpo robusto tende à obesidade. Vacinação e vermifugação em dia e vistas anuais ao veterinário garantem a qualidade de vida do gato rebaixado.

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