O e-commerce brasileiro registrou crescimento tímido de 2% em 2022, de acordo com relatório produzido pela NIELSENIQ|EBIT, divulgado nesta quinta-feira, dia 2. E o setor de pet shops foi o segundo segmento que teve maior destaque de crescimento na comparação anual, com 16,3%. As informações são do Correio Braziliense.
O levantamento mostra que a desaceleração no volume de vendas foi impulsionada pelo segundo semestre do ano, que foi mais fraco, junto a volta completa do comércio presencial no pós-pandemia. “Mesmo assim, o crescimento de 2% ainda representa relevância e estabilidade do setor”, avaliou o head de e-commerce da NIELSENIQ|EBIT, Marcelo Osanai.
Transformação digital cresce no mercado de pet shops
A transformação digital começa a se consolidar como realidade no mercado pet. Segundo Nelo Marraccini, presidente do Conselho Consultivo do IPB, o potencial das pequenas e médias desponta como principal motor dessa expansão. “Hoje o mercado pet movimenta em torno de R$ 51,7 bilhões, sendo que 80% é resultante do esforço de empreendedores de menor porte. Poucas dessas empresas, porém, ainda ocupam o ambiente virtual”, contextualiza.
De olho nessa demanda reprimida, começam a surgir iniciativas para acelerar a digitalização de pet shops. É o caso da retailtech S2 Pets, que desenvolveu uma plataforma para auxiliar pet shops por meio de treinamentos voltados a práticas de marketing, formatação de clubes de compras e revitalização do layout dos PDVs.
“As lojas ainda contam com um software de gestão, disponível para Android e iOS e que também possibilita a conexão dos estabelecimentos com clínicas veterinárias”, acrescenta o fundador Leo Zysman.
Outro projeto em vigor prevê a concepção de uma central de compras exclusiva para o mercado pet, idealizada pelo Sindilojas-SP e que deve ter início no segundo semestre. A expectativa é reunir estabelecimentos atuantes no estado de São Paulo, como pet shops, lojas de suprimentos e farmácias veterinárias, viabilizando uma negociação coletiva com a indústria e a aquisição de maiores volumes com descontos.
“Esse modelo tem potencial para reduzir os preços em 15% a 20% e ampliar a rede de relacionamentos setoriais”, reforça Aldo Macri, vice-presidente da entidade. Além disso, a central permitiria intensificar ações promocionais de venda.
Fonte: Panorama PetVet